Chronologia da vida do Bem-aventurado Pe Antônio Chevrier, fundador do Prado

  • 1826,
    • 16 de Abril, nascimento em Lyon. O pai é um empregado de posto fiscal; a mãe trabalhadora em seda está à frente de um pequeno atelier. A família ainda está próxima das suas origens rurais, sobretudo pelo lado da mãe, oriunda do Dauphiné.
    • 18 de Abril, batismo na igreja de São Francisco de Sales.
  • 1840, Antônio Chevrier fazia até então os seus estudos junto dos Irmãos das Escolas Cristãs. No começo do ano letivo do mês de Outubro, torna-se aluno da escola clerical da paróquia.
  • 1843, Outubro, entra como interno no seminário de Argentière (diocese de Lyon).
  • 1846, Outubro, entrada no seminário de teologia em Lyon.
  • 1850,
    • 25 de Maio, Antônio Chevrier é ordenado padre.
    • 28 de Maio, é nomeado vigário de Santo André da Guillotière, bairro muito povoado de Lyon. Ele entrega-se sem medida neste ministério. (Em Dezembro de 1855, esgotado, deve ausentar-se para quatro meses de repouso). Desde este período, ele mantém uma atenção privilegiada em relação aos pobres e sofre ao ver que o seu ministério não produz bastante fruto.
  • 1856,
    • 31 de Maio, inundações catastróficas na margem esquerda do Ródano, onde está situada a Guillotière. O clero da paróquia de Santo André está na primeira linha dos socorristas e a reputação de devotamento do padre Chevrier aumenta.
    • Junho, Antônio Chevrier tem a oportunidade de encontrar Camilo Rambaud. Este é um jovem burguês de Lyon que se converteu e se pôs ao serviço dos pobres vivendo como eles e com eles. Camilo Rambaud está fundando a Cidade do Menino Jesus. É uma empresa simultaneamente religiosa e social. Ali se constrói habitações para os operários e nela se faz o catecismo para as crianças pobres. O padre Chevrier ficou muito impressionado com o exemplo de Rambaud.
    • Natal, a “Conversão” de Antônio Chevrier. Ele medita diante do presépio a palavra do Evangelho: O Verbo se fez carne e habitou entre nós; compreende então o apelo especial que Cristo lhe dirige a uma vida mais perfeita, mais evangélica, mais apostólica; decide-se a seguir Jesus Cristo na sua caridade infinita para com os homens, nos seus rebaixamentos, na sua humildade e no seu amor à pobreza.

1857,

  • consultas diversas, principalmente junto do Cura d’Ars. É encorajado nos seus projetos. No entanto, o seu pároco e o clero que o rodeia não aprovam as suas ideias.
  • Agosto, ele deixa a paróquia e torna-se capelão assistente da Cidade do Menino Jesus. É ali que nasce o costume de o chamar Padre Chevrier. A sua mãe, muito autoritária, está muito descontente com esta orientação; ela não vai desarmar até à morte de seu filho. Pessoas que se chamam irmãs, dedicam-se ao serviço da Cidade. Naquele ano entra Maria Boisson, uma jovem de 22 anos, operária da sêda, que se tornará a primeira superiora das Irmãs do Prado, Irmã Maria. Na Cidade o padre Chevrier encontra também Pierre Louat, chamado Irmão Pedro, que será co-fundador do Prado, mas que não permanecerá.
  • 1859,
  • Janeiro, primeira estadia em Roma.
  • Nos meses seguintes, o padre Chevrier percebe claramente a divergência de orientação entre Rambaud e ele próprio. Será necessário separar-se, todavia o padre Chevrier permanece na Cidade à espera que Camilo Rambaud receba a ordenação e possa ali assegurar o ministério sacerdotal.
  • 1860, 10 de Dezembro, o padre Chevrier toma posse de um local situado na Guillotière. Era, então, uma sala de dança de má fama que se chamava o baile do Prado. Prado continuará a ser o nome da casa e da família espiritual do padre Chevrier. Neste edifício, o padre instala uma obra de catecismo para as crianças pobres. Nos anos seguintes, apresentam-se vários colaboradores. O mais convencido é o padre Jaricot que será ordenado em 1869, porém, como não tem uma mente bastante sólida, pelo que o padre Chevrier não poderá apoiar-se nele.
  • 1864, Setembro, segunda viagem a Roma. O padre Chevrier quer apresentar ao Papa um pedido. Dele nos deixou o texto no Verdadeiro Discípulo[1].
  • 1865, nascimento da escola clerical do Prado. Na prática, é necessário mandar os alunos continuar os cursos na escola clerical de São Boaventura, paróquia da margem direita do Ródano.
  • 1866, Outubro, o padre Chevrier encontrou um professor para os seus alunos. A escola clerical funciona no Prado.
  • 1867, o padre Chevrier é nomeado pároco da paróquia de Moulin-à-Vent. Esta paróquia da diocese de Grenoble ficava na proximidade da diocese de Lyon e dos arredores lioneses. Estava combinado que o padre residiria habitualmente no Prado e se faria substituir na paróquia pelos padres que viviam com ele. Será, sobretudo, o padre Martinet quem se ocupará desta paróquia. Para o Padre Chevrier, é um terreno precioso de experiência para a sua finalidade principal, A Obra dos padres pobres para as paróquias[2]; mas, em Junho de 1871, sem que tivesse recebido nenhuma notificação oficial, tem conhecimento de que o padre Martinet foi nomeado pároco em seu lugar.
  • 1874,
  • final de Março, uma doença grave exige-lhe repouso até ao fim de Maio.
  • Novembro, no campo, perto de Lyon, em Limonest, instalação de uma pequena comunidade: o Padre Jaricot, quatro irmãs e uma vintena de crianças do catecismo.
  • 1875, Maio, terceira viagem a Roma. Nesta época, o padre Chevrier é aconselhado a organizar a sua casa como congregação religiosa. O Arcebispado de Lyon opõe-se a este projeto e o padre Chevrier não insiste.
  • 1876,
  • o padre está muito mal de saúde e o médico ordena-lhe uma temporada em Vichy (25 de Julho – 15 de Agosto).
  • Outubro, o Arcebispo autorizou o envio a Roma de quatro seminaristas do Prado. São diáconos e vão formar uma pequena comunidade autónoma para viver, na medida do possível, segundo as diretrizas do Padre Chevrier.

 

  • 1877,
  • 14 de Março, quarta viagem a Roma do Padre Chevrier. Durante dois meses, vai viver com os quatro seminaristas explicando-lhes o Verdadeiro Discípulo.
  • 26 de Maio, ordenação sacerdotal em São João de Latrão.
  • 20 de Junho, regresso a Lyon. O Arcebispo prometeu ao Padre deixar-lhe estes quatro novos padres.
  • 1878,
  • na Primavera, o Padre Jaricot parte para o mosteiro e dois dos novos padres falam também em ir-se embora, enquanto o Padre Chevrier está cada vez mais doente[3]. No entanto, o Padre Jaricot volta ao Prado em Junho.
  • A 31 de Outubro, o Padre Chevrier celebra missa pela última vez. Daqui por diante ficará acamado até ao final.
  • 1879,
  • a 6 de Janeiro, o Padre Chevrier apresenta a sua demissão e o Padre Duret, um dos quatro padres de 1877, torna-se superior do Prado[4].
  • A 2 de Outubro, no Prado, morre o Padre Chevrier. Será enterrado na capela do Prado a 6 de Outubro.

1 .    Pg. 305.

2 .    Cf. pgs. 12-13.

[3]      Cf. Pgs. 17-18

[4]      Cf. Anexo IV, pg. 525

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